Doença degenerativas são as que causam alterações nas células, tecidos e órgãos, ocasionando um comprometimento em sua atuação. No sistema nervoso provocam mudanças diretamente nos neurônios, implicando no mau funcionamento do cérebro e de suas funções quanto à motivação corporal.
A Doença de Alzheimer é apenas mais uma das demências que envolve perda de memória prejudicial a vida diária, empobrecendo os julgamentos e a tomada de decisões, isso quer dizer que as tarefas do cotidiano são executadas com dificuldade e lentidão, devido à falta de concentração e do estado cognitivo em demência.
O cérebro humano adulto saudável possui por volta de cem bilhões de neurônios, que por meio de várias conexões entre si, formam cerca de cem trilhões de sinapses. Essas características de redes permitem a geração, o estabelecimento e o funcionamento dos processos cognitivos como atenção, memória, linguagem, pensamento, aprendizagem, percepção, etc. Dessa maneira, histopatologicamente, há perda sináptica significativa e morte neuronal capazes de inviabilizar o funcionamento cortical.
O efeito da atividade física é significativo para corpo e mente. Um estudo do instituto neurológico de São Paulo – INESP, mostrou que a atividade física traz benefícios ao cérebro, como redução do risco de demência (dentre elas a doença de Alzheimer), prevenção do acidente vascular cerebral (ACV), aumento da motivação e melhora no humor, promovendo a neuroplasticidade, que é a produção de novos neurônios. Além de contribuir com a diminuição da depressão e ansiedade, a atividade física tem como bom efeito o retardo do envelhecimento do cérebro, que é aliado na prevenção de demências.
Infelizmente ainda não temos cura da doença de Alzheimer e o tratamento tem como objetivo amenizar os sintomas e retardar o progresso da doença. Uma forma de prevenção é tendo um estilo de vida saudável. Como a medicina preventiva, o exercício físico tem se mostrado eficaz na diminuição na incidência dos casos. É de suma importância lembrar que a atividade física não substitui o tratamento farmacológico. No entanto, pode prevenir doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.
Estudos do Instituto Acesso de Ensino e Pesquisa (2018), afirmam que com a prática da atividade física, acontece um aumento da produção de um mensageiro químico chamado de BDNF (Fator Neurotrófico derivado do cérebro). O corpo libera essa proteína e suas concentrações positivas promovem a sobrevivência e o crescimento de novos neurônios no nosso cérebro, ou seja, novas células nervosas relacionadas ao aprendizado. O nosso cérebro aumenta de volume com o exercício físico. A atividade física libera outros mensageiros químicos, conhecidos como a química da alegria, que é a liberação da serotonina, dopamina e das endorfinas, que também são neurotransmissores relacionados diretamente às sensações de bem-estar e prazer e ajudam a melhorar o nosso estado cognitivo. Esse processo proporciona uma estabilização afetiva, onde a capacidade de raciocínio rápido é melhorada. O exercício físico pode ser considerado muito eficiente no tratamento da depressão, causando uma estabilidade no âmbito afetivo com a redução da ansiedade e do estresse.
Fonte: LIMA, Elaine Maria de. A Influência da Atividade Física nas demências e na Doença De Alzheimer. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 14, pp. 12-19. Março de 2021.


Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física pela UFAL (CREF:001274-G/AL)
Esp. Fis. do Exercício, Aval. Física e Grupos Especiais
Esp. em Atividades Aquáticas.