O autismo, nome técnico para transtorno do espectro autista (TEA), é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento infantil e apresenta alterações em duas esferas: dificuldade na comunicação social e a presença de comportamento repetitivo e restrito. Para essas crianças com diagnóstico de autismo, quanto mais cedo elas tiverem um diagnóstico e a intervenção correta, melhor será o prognóstico e o desenvolvimento dessa pessoa.
O termo “transtorno do espectro do autista” passou a ser usado a partir de 2013, na nova versão do Manual de Diagnóstico dos Transtorno Mentais, publicação oficial da Associação Americana de Psiquiatria, o DSM-5, quando foram fundidos quatro diagnósticos sob o código 299.00 para TEA: Autismo, Transtorno desintegrativo da infância, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação e síndrome de asperger. Na atual classificação internacional das Doenças, a CID-11, o autismo recebe o código a 6ª02(antigo F84, na CID-10), atualizado em junho de 2018, também sob o nome de TEA.
As terapias são desenvolvidas por equipe multidisciplinar, formada por profissionais como: psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, médico, entre outros profissionais de acordo com a necessidade de cada autista. O diagnóstico também é realizado por essa equipe multidisciplinar e o diagnóstico final é fechado por um médico neurologista.
O tratamento cientificamente comprovado atualmente é o ABA, sigla em Inglês para Applied Behavior Analysis, e em português significa análise do comportamento aplicada. Essa intervenção gira em torno de horas intensivas de programações individuais, de registros comportamentais, de análises e essa intervenção deve ser continuada na escola, no ambiente familiar além de ser feita com os terapeutas.
Os autistas podem apresentar alguns sintomas que podem ser tratados com medicamento, estes prescritos pelo médico. São eles: agitação, autoagressividade, irritabilidade, hiperatividade, insônia, impulsividade, desatenção entre outros.
Os sinais são: não mantém contato visual por mais de 2 segundos; não atendem quando chamados pelo nome; alinham objetos; isolam-se ou não se interessam por outras crianças; são muito presas à rotina; não brincam com brinquedos de forma convencional; fazem movimentos repetitivos sem função aparente; não falam ou não fazem gestos para mostrar algo; repetem frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia); não compartilham seus interesses e atenção, apontam para algo ou não olham quando apontamos algo; giram objetos sem uma função aparente; apresentam interesse restrito por único assunto (hiperfoco); não imitam; não brincam de faz-de-conta; hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
Segundo o site canal autismo, apenas três sinais dos citados acima, estando presentes em uma criança de um ano e meio, já justifica uma suspeita para se consultar um médico neuropediatra ou um psiquiatra da infância e da juventude.
Em relação à fonoaudiologia, as pessoas que são diagnosticados com autismo têm dificuldade na comunicação social e precisam de um apoio nesse aspecto do desenvolvimento da linguagem. Na comunicação social, em maior ou menor grau, esses indivíduos vão ter alteração e os fonoaudiólogos vão trabalhar intervindo no desenvolvimento dessa linguagem, na comunicação social. Algumas crianças podem apresentar alteração motora de fala, como é no caso da apraxia de fala “Distúrbio motor da fala, caracterizado pela dificuldade de programação e planejamento das sequências dos movimentos motores da fala, resultando em erros de produção dos sons (Hall,2007).”
Além de tudo, o profissional de educação física é mais uma ferramenta que pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades na criança com transtorno do Espectro Autista, em especial, no que cabe às aptidões sociais e motoras, pois contribui com melhora do condicionamento físico e saúde de seus pacientes.
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Escrito em parceria com Nastassia Santos, Fonoaudióloga e analista do comportamento, especialista em TEA e supervisora ABA
Fontes: canalautismo.com.br e neuroconecta.com.br


Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física pela UFAL (CREF:001274-G/AL)
Esp. Fis. do Exercício, Aval. Física e Grupos Especiais
Esp. em Atividades Aquáticas.