Você já deve ter ouvido esses termos em algum momento, mas talvez não saiba exatamente do que se trata. Depois desse artigo, quero que você identifique qual “fome” você sente com mais frequência e o quanto isso está te atrapalhando. Primeiro deixa eu definir o que é fome física e fome emocional:
Fome física/fisiológica: A fome física ou fisiológica é a considerada a fome real, ou seja, surge de uma forma gradual, quando passa mais de 3-4horas sem comer. Pode produzir uma sensação de desconforto e de estômago vazio e pode levar à fraqueza física e dor de cabeça. Ela não é seletiva quanto ao tipo de alimentos.
Se é esse tipo de fome que você sente com mais frequência, vale a pena algumas dicas: comer mais fibras (saladas, fruta com casca, grãos) beber mais água, fracionar as refeições, comer mais proteínas, ter em mente que o seu corpo tem reserva estocada e que você não “morrerá” de fome passando 2h sem comer.
A fome física é normal e é bom que você tenha, é um sinal de que o seu corpo precisa de energia. Já a fome emocional pode atrapalhar muito sua vida, seu emagrecimento, sua saúde… vejamos do que se trata.
Fome emocional (emotional eating): é definida como a tendência de comer muito em resposta a emoções “negativas”, como ansiedade, irritabilidade e estresse. Os comedores emocionais, termo utilizado para se referir a quem possui esse comportamento, geralmente buscam por alimentos com alta quantidade de açúcar e gordura quando se sentem ansiosos e/ou estressados.
Esse comportamento tem sido associado com ganho de peso, dificuldade de perder peso e também com a dificuldade de manter o peso perdido. Além disso, os comedores emocionais possuem maior risco de apresentar doenças como diabetes e doenças do coração.
Mas como saber se eu tenho?
Os comedores emocionais podem ter dificuldade para identificar esse comportamento, principalmente quando é um hábito antigo. Isso porque hábitos consolidados se tornam automáticos, e assim, o ato de buscar comida nesses momentos acontece sem que haja uma reflexão sobre ele.
Nesse sentido, se você quer saber se é um(a) comedor(a) emocional, tente lembrar das últimas vezes que você buscou por alimentos ricos em açúcar e em gordura. A partir disso, pense também em como você estava se sentindo naquele momento, em como tinha sido seu dia e o que você estava fazendo. Pra quem tiver dificuldade de lembrar, tente observar esses parâmetros nas situações futuras e depois me contem!
E sabendo que eu sou um comedor emocional, o que fazer?
Buscar ajuda. Lá em cima eu escrevi –emoções negativas– entre aspas propositalmente. Afinal, não existe emoção negativa. Todas as emoções existem e são válidas para alguma coisa, e elas sempre vão existir. O que nós temos que fazer é aprender a lidar com elas.
É normal que ÀS VEZES nossas emoções influenciem nossas escolhas? Sim. Nós não somos divisíveis – “agora vou ser racional”, “agora vou agir por emoção”. Mas NÃO É NORMAL que nossas emoções frequentemente determinem nossas ações e que nossa única forma de lidar com elas seja através da comida.
E aí, você se identifica com esses comportamentos?


Graduada em nutrição.
Pós graduada em nutrição esportiva, estética e funcional.
Especialista em resgatar autoestimas nutrindo corpo e mente.