15 mitos do treino de musculação feminina

Ao contrário de outros tipos de exercício, o trei­namento de musculação fornece ao praticante um feedback bem evidente. Em um curto período de tempo, podem ocorrer grandes alterações na força e no tônus muscular. O aspecto saudável e que denota boa condição física é função do tônus muscular, e o tônus muscular é consequência do treinamento de força adequado.

Mitos sobre a musculação feminina

Existe muitos mitos sobre o condicionamento muscular em mulheres. Vamos analisar os quinze mitos mais comuns que a mulher escuta a respeito do treinamento de força.

Mito 1: A mulher não consegue ficar forte.

As mulheres podem e devem desenvolver o con­dicionamento muscular. Elas possuem potencial para desenvolver o condicionamento muscular – em especial na parte superior do corpo, uma parte menos desenvolvida no corpo feminino. Na realidade, a mulher de porte médio ganha força em uma proporção ligeiramente mais rápi­da que o homem de porte médio.

Mito 2: O treinamento de força faz a mulher perder a feminilidade.

Os benefícios funcionais, assim como aqueles para a saúde mental e física, promovidos pelo treinamento de força não se limitam aos inte­grantes do sexo masculino. O treinamento de força adequado – ao aumentar a capacidade de trabalho físico, melhorar a composição corporal e diminuir o risco de lesão – realça o aspecto da mulher e faz com que ela se sinta melhor. Mús­culos firmes e compactos nada têm a ver com a expressão censurável e machista: “perda da fe­minilidade”.

Mito 3: Musculação gera músculos volumosos.

As mulheres não apresentam potencial genético para desenvolver músculos grandes porque não possuem a quantidade de hormônio (testostero- na) suficiente para isso. Enquanto esteróides e outros meios artificiais podem provocar o cres­cimento muscular, a musculação não tem essa capacidade.

Mito 4: O treinamento de força diminui a flexibilidade.

O termo “músculo travado” conota falta de fle­xibilidade. O treinamento de força adequado, não a torna menos flexível; ao contrá­rio, torna-a mais flexível. Se você mantiver seus músculos alongados, exercitando ao longo de toda sua amplitude de movimento (prática ade­quada do treinamento de força), eles permane­cerão flexíveis.

Mito 5: Mais é melhor.

Com qualquer forma de exercício, alcança-se um platô. Você está arriscada a se machucar se não usar o bom senso para decidir “que quan­tidade é suficiente”. A qualidade do treinamen­to de força é muito mais importante do que a quantidade de tempo que se gasta para realizá- lo. Uma sessão de treino de qualidade de 30 minutos é capaz de desenvolver o condiciona­mento muscular de modo eficiente e seguro.

Mito 6: Sem dor não há resultado.

Um programa consistente de treinamento de força pode ser desconfortável, mas não deve ser doloro­so. Deve impor um esforço razoável sobre seus sistemas musculares para aumentar sua força, sem expô-la a um risco de lesão exagerado.

Mito 7: Os músculos “viram gordura” quando você para de treinar.

Os músculos não podem virar gordura. Eles não possuem capacidade fisiológica de mudar de um tipo de tecido para outro. Os músculos têm a propriedade de “serem usados ou serem per­didos”. Se você não usar um músculo, esse mús­culo atrofiará. Quando se tira um pino de uma perna que havia se quebrado, os músculos da perna que não estavam sendo usados parecem menores do que eram antes da lesão. Se os mús­culos virassem gordura, você, em vez de ver músculos atrofiados na perna, veria uma “bola de gordura” quando o pino fosse removido.

Mito 8: Você deve usar suplementos protéicos para ter boa forma física.

O condicionamento muscular não aumenta com o uso de suplementos protéicos, pois seu corpo não é capaz de armazenar proteína adicional. O excesso de proteína não desenvolve tecido mus­cular. Esse excesso é convertido em gordura e armazenado sob essa forma. Desse modo, se você consumir proteína além de sua dieta nor­mal, qualquer ganho de peso será em gordura, provavelmente. O excesso de proteína também leva à desidratação e à perda de cálcio pela uri­na. A perda crônica de cálcio, devida ao excesso de proteína, aumenta o risco de osteoporose, principalmente em mulheres.

Mito 9: O treinamento de força adequado deve ser complexo.

Quanto mais objetiva for sua abordagem em relação ao treinamento de força, mais seus esforços serão bem-sucedidos. Tornar seu trei­namento de força muito técnico pode ser preju­dicial. É capaz de gerar confusão, comprome­tendo o próprio treinamento ou fazendo-a desistir do seu programa. Os programas básicos de desenvolvimento muscular – aqueles que enfatizam a eficiência e a segurança à custa da complexidade – normalmente produzem os melhores resultados.

Mito 10: O treinamento de força adequado é caro.

Os músculos reagem à força aplicada, não ao custo do aparelho em que você se exercita ou ao dinheiro que você gasta para freqüentar uma aca­demia. Sendo equivalentes os demais elementos envolvidos no treinamento, os músculos não são capazes de distinguir os 25 quilos de uma barra barata de 25 quilos de um aparelho high-tech de milhares de dólares. Seu programa de treinamen­to de força pode ser eficaz sem nem mesmo envolver o uso de equipamentos, como você verá no Capítulo 7.

Mito 11: O treinamento de força é uma competição.

As mulheres que encaram o treinamento de força como uma competição tendem a se machucar ou a ficar desanimadas, abandonando seu progra­ma. Não é realista comparar os números do seu treinamento (particularmente, a quantidade de peso levantada em um exercício específico) com os de outras mulheres. O peso que você é capaz de levantar é conseqüência de diversos fatores, sobre a maioria dos quais você não tem controle (por exemplo, o comprimento dos braços ou das pernas). Por mais que pareça banal, o provérbio “faça o que for possível e deixe o restante ao acaso” deve reger seus esforços para desenvolver o condicionamento muscular.

Mito 12: O treinamento de força é para jovens.

Nunca é tarde para melhorar a qualidade da sua vida, desfrutando de um condicionamento muscular de alto nível. O condicionamento muscular é capaz de melhorar sua vida funcio­nal. Algumas mulheres nonagenárias melhora­ram seus níveis de condicionamento muscular e sua qualidade de vida ao seguir programas de treinamento de força.

Mito 13: Você sentirá uma grande necessidade de consumir vitaminas.

A quantidade de vitamina necessária para uma pessoa ativa não é muito maior, de modo geral, do que para uma pessoa sedentária. As vitami­nas não contribuem significativamente para a estrutura corporal e não proporcionam uma fonte direta de energia corporal. Desse modo, pessoas fisicamente ativas não se beneficiam ao consumir suplementos vitamínicos em excesso. Se você comer uma variedade de alimentos sau­dáveis (pães, cereais, grãos, frutas, verduras, carne magra etc.), seu consumo de vitaminas estará satisfeito.

Mito 14: O treinamento de força intenso livra o corpo da gordura.

As pesquisas revelam que, embora possa firmar e tonificar os músculos, o treinamento de força não elimina gordura. Certa quantidade de gor­dura é necessária para a realização das funções físicas normais, além da atividade do cérebro, do tecido nervoso, do coração, da medula óssea e das membranas celulares. As mulheres adul­tas possuem cerca de 12% do seu peso corporal em gordura essencial. Por motivos de saúde, o nível ideal de gordura corporal total para mulheres deve variar entre 15% e 22%.

Mito 15: O treinamento de força não pode ser prazeroso.

O treinamento de força pode e deve ser agradá­vel. Você pode planejar um programa de treina­mento de força que satisfaça suas necessidades físicas e seja prazeroso. Lembre-se: é mais pro­vável você não desistir da prática dos exercícios quando aprecia o que está fazendo.

Algumas mulheres lidam com suas inibições em relação ao treinamento de força de modo mais fácil do que outras. A melhor técnica é aprender o máximo a respeito do assunto. Quanto mais bem- informada você estiver sobre os efeitos do treina­mento de força, mais você sentirá que seu esforço vale a pena.

Fonte: musculacaoonline.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima