Sedentarismo entre crianças e jovens preocupa

É comum ouvirmos, lermos e vermos sobre os problemas que o sedentarismo traz para a vida das pessoas. O número de academias e centros de treinamento aumenta, mas a população sedentária continua alta. Existe um grande desafio em conseguirmos alternativas que atraiam essas pessoas para uma vida mais ativa, seja nas academias ou fora dela, praticando algum tipo de atividade física ou esporte ao ar livre. Estamos falando das soluções para as pessoas na fase adulta da vida, mas e quando falamos sobre crianças e adolescentes, como elas se encontram em relação ao sedentarismo?

Segundo o Atlas Mundial da Obesidade e a Organização Mundial de Saúde  – OMS, o Brasil estará na quinta posição no ranking de países com o maior número de crianças e adolescentes com obesidade em 2030, com  apenas 2% de chance de reverter essa situação se nada for feito. Dados da OMS de 2019 apontam que 78% das crianças brasileiras não fazem o mínimo de movimento recomendado, que é de pelo menos sessenta minutos por dia.

Os motivos para essa vida com pouco movimento são vários e vão desde a conscientização da família, mostrando que o excesso de peso e obesidade se inicia em casa; consumo de alimentos industrializados e pais sedentários que servem de espelho para os filhos. 

Em contrapartida, uma família que tem a prática de boa alimentação, atividade física regular e menos exposição a telas (em relação às telas, há recomendação de que crianças e jovens de 05 a 17 anos não sejam expostos exclusivamente a telas por mais de duas horas ao dia) conseguem melhores resultados.

Essas crianças sedentárias perdem uma rica oportunidade não só de cuidar da saúde, mas de obterem outros ganhos como socialização, novas amizades, ter maiores chances de uma vida adulta mais saudável, melhorando as habilidades físicas, aumentando a auto estima e a chance de diminuir alguns problemas emocionais. 

As políticas públicas não só devem acontecer como devem ser atrativas, respeitando os mecanismos que atraem cada faixa etária para as atividades corretas.  É fundamental termos escolas com bons profissionais, materiais e espaços adequados para as atividades, sempre mostrando a importância de uma vida saudável. Se não mudarmos essa triste realidade, vamos aumentar as estatísticas e ter mais manchetes como estas: “OMS mostra que um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física suficiente”. 

Em nível mundial, estima-se que isso custe US $54 bilhões em assistência médica direta e outros US $14 bilhões em perdas de produtividade. Cabe a nós contribuir para reverter esse quadro e propormos estratégias para atração e fidelização das pessoas em uma vida saudável.

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