Quando vivemos com outras pessoas, ou seja em comunidade, a sabedoria vem à frente de outras questões. Lembre que quando frequentamos determinados locais, como clínicas, supermercados ou bancos, existe uma questão chamada de prioridade e, em alguns casos, exclusividades, e isso vai além de questões jurídicas, e sim, de bom senso. Ponha-se no lugar da outra pessoa! Por quê digo isso? imagina que você tenha parentes de mais idade ou com alguma necessidade especial, de preferência permanente ou temporária… como seria ficar esperando as outras pessoas serem atendidas?
No segmento fitness seguimos a mesma linha. Sabemos que alguns tipos de protocolos, métodos e sistemas podem demandar mais tempo em um aparelho ou máquina, ou um mesmo aparelho por mais tempo. Nesses casos, cabe algo que deveríamos aprender em casa, a chamada educação. Podemos explicar que estamos realizando determinados tipos de treinos e o mesmo demanda um tempo maior naquele aparelho, mas mesmo assim podemos revezar, usar o bom senso e educação sempre.
Nos horários de pico a realidade prática é diferente da teoria, pois algumas pessoas que realmente tem treinos que demandam tempo em determinados aparelhos podem ter seus treinos prejudicados. Uma das soluções é, se possível, treinar em horários com menos pessoas na academia. Caso só tenha nos horários mais cheios, outra possibilidade é avaliar com seu treinador esses mesmos métodos em aparelhos soltos.
Vamos avaliar outro critério bem sensível que é o tempo em cada aparelho. Todas as pessoas que estão treinando são consumidores de algum serviço do ambiente de academia, centro de treinamento entre outros. E todos têm os mesmos direitos. Alguns estabelecimentos usam como controle e procedimentos internos, sobretudo em horários de pico, que aquele aparelho (normalmente os de cárdio) só podem ser usados até “X” tempo. Com raríssimas exceções, alguém vai pedir para alguém sair de alguma esteira por estar ultrapassando o tempo “permitido” pela empresa. Na minha vida prática eu nunca presenciei alguém pedindo para outra pessoa sair da esteira, no máximo perguntam se faltam muito tempo. É importante estar atento para poder compartilhar o equipamento.
Já em aparelhos como máquinas de agachamento, peitoral, costas… é mais comum perguntar se falta muito para terminar e, neste caso, vale a palavra “bom senso”, ou seja, ser gentil e ofertar o famoso revezar com aquela pessoa. Eu, em minha prática, faço isso sempre que solicitado, e também solicito para outras pessoas, ou antes disso vejo a possibilidade de fazer exercício que trabalhará aquela musculatura em outro aparelho ou de forma livre.
Vivemos, de longa data, utilizando estratégias para trazermos as pessoas para esse ambiente tão saudável que são as academias, CrossFit ou centros de treinamentos. Esses locais podem realmente modificar a vida das pessoas de forma geral, trazendo uma série de benefícios para o corpo e mente. Sejamos gentis nesses ambientes para poder transformar os momentos de treino em momentos prazerosos e não de estresse.
Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física pela UFAL (CREF:001274-G/AL)
Esp. Fis. do Exercício, Aval. Física e Grupos Especiais
Esp. em Atividades Aquáticas.
