Descubra com quanto tempo você deve mudar o treino

Ao longo do tempo, aquilo que era verdade pode não ser mais, com o passar dos anos. Na ciência não existe verdade absoluta para algumas coisas, e sim uma verdade temporária. E na ciência do treinamento não é diferente. Com a evolução da ciência do treinamento,  novas pesquisas e publicações de artigos de qualidade trouxeram contribuições relevantes. Algumas ações que só eram realizadas na prática, puderam ser confirmadas via pesquisas e em outras não foram identificados os benefícios prometidos na prática. 

E quando falamos em qual seria o tempo ideal para mudar os treinos na musculação, existe esse tempo? Estudos recentes dizem que Isso vai depender de alguns fatores. O primeiro fator é: se a pessoa for iniciante, será necessário algumas semanas para aprender e apreender os movimentos de forma correta. Segundo:  se essa pessoa teve uma infância rica em diversidade de movimentos, esse repertório da infância ajudará. Terceira: se a pessoa já teve experiência com treinamento físico (musculação por exemplo), o tempo de aprendizagem tende a diminuir, uma vez que ele vai relembrar. É a famosa memória muscular.

No início (algumas semanas) o aumento da força será ampliado, somente por adaptação neural. Portanto, não precisa se preocupar em grandes volumes, mas sim, em bons estímulos e de preferência usar exercícios fora das máquinas. Isso se deve ao fato de que eles se aproximam mais dos movimentos do nosso cotidiano.

Então não existe semana ideal para a troca de treino. No entanto, é mais comum as fases mudarem a cada duas, quatro, cinco semanas, ou mais. Isso vai depender da periodização (planejamento) prescrito pelo personal e/ou treinador. E porque essas variações nas semanas? Um aluno que treina duas, três, quatro ou cinco vezes durante a semana, os tempos de mudanças de fase serão diferentes. Também devemos considerar o tempo que esse aluno tem disponível por cada sessão de treino.  

Antes de falarmos em possibilidades de tempo para mudança nos treinos, vamos analisar juntos a utilização destas variáveis ao máximo no treino:

Intensidade, que seria o peso utilizado. 

Volume: quantidade de séries, repetições e métodos utilizados. 

Frequência: Quantas vezes treina por semana.

Densidade: Relação esforço/pausa; Tempo utilizado, entre as séries e entre exercícios.

Dito isso, podemos ficar vários meses com o mesmos exercícios, utilizando várias ferramentas, como as váriaveis citadas e outras estratégias para continuar estimulando o organismo, e com isso, buscando bons resultados.

Vamos usar alguns exemplos: imagine um treino com os mesmo exercícios e vamos usar somente a variável tempo de descanso. Primeiro esse treino é realizado com 45 segundos de descanso entre as séries. Em outro dia esse mesmo treino será realizado com 90 segundos de descanso entre as séries. Perceba que, no segundo exemplo, o tempo de treino será maior e, por descansar mais, o organismo estará mais restabelecido para o próximo exercício. 

Agora pegue esses mesmos treinos do exemplo e vamos alterar a ordem dos exercícios, sem mudar os exercícios em sí, e nele podemos replicar os tempos de descanso acima, ou utilizar outro tempo. Percebe que com os mesmos exercícios teremos “outro” treino? Por isso vamos ter em mente sempre: não existe receita de bolo. Tem muitas coisas envolvidas na prescrição do treino. Prescrever é uma arte, e como toda arte podemos usar muitas variáveis. Uma variável utilizada em um treino já o torna diferente e causará novo estímulo para o organismo. E como saber como, quando e porque usar? Procure um bom profissional de educação física, ele saberá o quê e quando utilizar para otimizar seus objetivos. 

Segue abaixo uma dica de leitura ainda sobre este tema: o artigo está disponível nesse blog e foi muito bem escrito pelo professor Saulo Camerino. Clique neste link!

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